sexta-feira, 19 de maio de 2006

Pequenos detalhes

Semana passada, ou até antes, não me lembro bem, fui cobrir um lançamento de um projeto educacional promovido pela CVRD e pela UFMA. Ao sair da redação com a minha pauta na mão, pensei que seria mais um desses eventos comuns, onde você ouve alunos, professores e representantes da empresa e só! Mera especulação...
Cheguei no local onde o lançamento já havia começado e fui extremamente bem recebida pela assessora de comunicação da CVRD. Logo tive a surpresa de um colega da UFMA estar nessa assessoria também. Pronto, já fiquei mais à vontade.
Ao longo das falas e exposição do projeto fui me entretendo e esqueci até da hora. Nem pensava no que estava me esperando um pouco depois. Assim que os componentes da mesa terminaram seus discursos, veio a fala de uma das educadoras e de um dos participantes do projeto.
Uma moça nova, morena, bonita e graciosa subiu para pronunciar suas considerações em relação ao projeto. Quando ela começou a falar, me esqueci mais ainda do tempo e do que eu realmente estava fazendo lá.
Às vezes, inconscientemente temos preconceitos formados e, com certeza, o meu, que eu nem sabia que tinha, foi desfeito naquela hora mesmo!
Palavras certas, nos tons certos, uma desenvoltura que inxiste em muitas pessoas com "estudos" mais avançados, e um olhar verdadeiro era o que ela, a educadora, estava passando para todos os presentes ali. Os olhares se cruzavam na platéia, como se ninguém esperasse aquele show de discurso.
Emoção... era o que ela passou para mim e para tantos outros que estavam sentados e embebidos naquelas palavras. E foi só o começo.
Logo, um senhor de 49 anos, que está sendo alfabetizado através do projeto, começou a discursar, não com palavras certas, segundo as regras da língua portuguesa, mas com sentimento e um olhar de quem estava ganhando um prêmio, ou como ele mesmo disse, recebendo um diploma. No meio de suas palavras, ele demonstrou a importância de estar participando daquele projeto e disse, que se for por sua vontade, ele ainda chega na universidade. Mas não foram apenas palavras, e sim sentimento, emoção... percebíamos a verdade na qual suas palavras estavam mergulhadas. Digo percebíamos, sim, porque quando olhei para o lado, a assessora que me recebeu tão bem estava às lágrimas, e realmente, deu vontade de chorar.
Talvez não acreditem, ou não vejam importância nisso tudo que escrevi, mas é porque você não estavam lá. Quem esteve, aplaudiu de pé e os mais sensíveis, quase choraram.
Me senti lisojeada de poder ter sido a pessoa a cobrir o evento e ter presenciado tudo aquilo. Ainda mais, por ter me lembrado da importância de colocarmos sentimento no que fazemos, de, na verdade, darmos importância a pequenas coisas, um gesto, uma palavra. Ver uma pessoa 30 anos mais velha do que eu estar emcionada e feliz por ter aprendido as letras do alfabeto e dizer que para memorizar cada letra, ele lembrou de um amigo, é no mínimo tocante, e uma mensagem: "Tá vendo! Agradece por tudo de bom que tens na tua vida. Pensa em quem não tem e tenta ajudar! Faz algo pelos outros também!"

Quem sabe o meu texto também não vira uma mensagem dessas...

domingo, 7 de maio de 2006

Impressões

Posso querer viver em mundo diferente do real.
Posso querer que certas coisas não funcionem da mesma maneira e acho que tenho o direito de mudar isso, se percebo que a maneira essas coisas estão funcionando é errada.
Será que é tão difícil entender? Será que é um desrespeito fazer com que haja mais respeito no mundo? Será que estou tão certa ao ponto de estar errada e fora de contexto?
Acredito que posso mudar muitas coisas e cobro os meus direitos como profissional e pessoa comum.
Não adianta tentar me convencer que é assim que o mundo funciona e não tem jeito, temos que entrar nessa linha, nada reta, e pronto! Não foi assim que eu cresci, não foi isso que me ensinaram... agora não vão desensinar(existe?! rssss)
Me indigno, agora não mais calada, mas só a minha voz não adianta tanto... sei que tem muita gente que compartilha das minhas opiniões éticas, mas na hora H, cadê?! Quantas vezes me coloquei como escudo e na frente da batalha por pessoas que fugiram da responsabilidade e ficaram no meio da multidão, como pessoas comuns, sem palavra e coragem. E sei que alguns já estiveram na mesma situação que eu. Vai saber o que esse povo pensa...
O único objetivo que eu tenho com as minhas contestações é ser o mais justa possível para que sejam mais justos comigo também.
Ora, tudo bem que não sou santa, mas também não sou nenhuma irresponsável ou maquiavélica. Quero apenas ficar bem, me esforçar para fazer um bom trabalho, o melhor possível, e tentar viver em um lugar que eu não tenha que sair pensando no que vão estar falando de mim pelas costas, não ter que desconfiar 24h por dia e nem ficar pronta para o ataque os sete dias da semana. Penso que tudo pode ser resolvido, às vezes não é fácil, mas com boas intenções e calma, tudo se ajeita. O problema é que ainda se faz tudo de última hora, com as palavras erradas e sem melhores explicações. Ainda se faz questão de passar a culpa para os outros e não admitir erros e deslizes.

Talvez minhas palavras estejam chatas e sem um fundamento mais claro. Não quero ser mais clara, é a verdade!

Poderia até dizer mais... deixa para lá. Chega de desabafar. Espero que pelo menos tenha instigado algo, em alguém.

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Início...

Primeira vez em blog.
Tentando compartilhar certos pensamentos, confusões e opiniões.
Há algum tempo vinha pensando nisso, mas sempre a preguiça batia. Uma pessoa, uma moça que nem conheço pessoalmente, só pela internet, me perguntou por onde andavam os meus textos, as minhas palavras, com as quais ela tanto se identificava (escrevia em um flog).
Incentivo maior?!
Aqui estou e sabe lá se mais alguns dias continuarei, mas não custa nada tentar.